segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Sexo é Saúde...

Eu não vou mentir eu amo sexo e vou falar a vocês que faz bem e vão entender porque "sexo é saúde,sexo é vida"

Sexo é remédio!

TURBINE O CORAÇÃO

Indicação
Prevenção de doenças cardíacas.
Informações ao paciente 
Durante a relação sexual, o coração trabalha mais rápido. Isso aumenta a pressão arterial, preservando as artérias e a saúde cardíaca.
Dose recomendada
Para obter todos os benefícios, é preciso suar a camisa por, no mínimo, 30 minutos ao dia, cinco vezes por semana. Haja fôlego!

COMBATA AS DORES

Indicação
Alívio das dores.
Informações ao paciente
Enquanto você está lá, no bem-bom, seu organismo produz endorfina, o melhor analgésico natural. Ele é tão forte que continua tendo efeito mesmo depois que o sexo termina.
Dose recomendada
Caiu, ralou, distendeu? Em vez de se entupir de remédios para dor, jogue-se nos braços do seu parceiro.

ACABE COM O ESTRESSE

Indicação
Controle do estresse.
Informações ao paciente
Uma noite de amor tem um poder mágico: ela acaba com qualquer tensão acumulada durante o dia. Faça sexo e troque a ansiedade por aquela moleza boa no corpo...
Dose recomendada
Uma vez por dia. Mas nada de transformar o prazer numa descarga de estresse. Assim ele perde a graça e o efeito...

GOSTE DE SI MESMA

Indicação
Aumento da autoestima.
Informações ao paciente
O cérebro é a parte do corpo que mais ganha no "rala e rola". É lá que está o centro do prazer. Quando você se sente desejada por seu parceiro, fica mais confiante em si mesma.
Dose recomendada
Quantas vezes você quiser. Afinal, ninguém corre risco de ter efeitos colaterais. Também não há perigo de superdosagem!

PERCA OS QUILOS EXTRAS

Indicação
Diminuição de peso.
Informações ao paciente
Não existe esporte mais prazeroso que esse. O esforço de uma relação sexual equivale, em média, a uma caminhada rápida a 7 km por hora. Numa noite animada, vocês podem queimar até 300 calorias cada um!
Dose recomendada
Nem é preciso lembrar que uma boa esportista deve treinar diariamente, certo?

GANHE MÚSCULOS

Indicação
Fortalecimento da musculatura.
Informações ao paciente
Todo mundo sabe que fazer sexo exige esforço físico. Mais ainda no caso das mulheres, que movimentam os músculos da vagina. Isso tonifica a região e diminui o risco de incontinência urinária.
Dose recomendada 
Diariamente, mas varie a posição, para poder trabalhar vários grupos musculares.

MELHORE A IMUNIDADE

Indicação
Reforço das defesas naturais do organismo.
Informações ao paciente
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que quem se diverte na cama fica mais resistente a doenças. A explicação é que o organismo aumenta a produção de anticorpos, responsáveis pela defesa do corpo.
Dose recomendada
Uma a duas vezes por semana.

LUBRIFIQUE SUA VAGINA

Indicação
Melhora da lubrificação íntima.
Informações ao paciente
Na menopausa, diminui a produção do estrogênio, hormônio responsável pela lubrificação vaginal. A consequência disso é uma sensação de incômodo ao transar. Quem mantém relações sexuais frequentes resseca menos.
Dose recomendada
Quanto mais, melhor. Aproveite todas as oportunidades.

DURMA COM OS ANJOS

Indicação
Combate da insônia.
Informações ao paciente
Uma noite tranquila de sono também depende da outra atividade que você faz na cama. Afinal, o orgasmo proporciona bem-estar e uma gostosa exaustão. Isso faz você dormir sem ter de ficar contando os carneirinhos.
Dose recomendada 
Diariamente. Assim, você garante um sono perfeito e revigorante.

Viram só como cuidar da saúde e ter prazer está ligado então só tenho uma coisa a dizer SEXO É ALTAMENTE RECOMENDADO



Diabetes


Definição
O diabetes é uma doença crônica (dura a vida toda) marcada pelos altos níveis de glicose no sangue.
Causas, incidência e fatores de riscoFoto: ADAMA insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que é necessário para as células poderem usar o açúcar no sangue
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas para controlar a glicose sanguínea. O diabetes também pode ser ocasionado por carência de insulina, pela resistência a esse hormônio ou pelas duas razões.
Para compreender o diabetes, é importante primeiro entender o processo normal pelo qual a comida é quebrada e usada pelo corpo como energia.
Diversos processos acontecem quando o alimento é digerido:
  • Um açúcar chamado glicose entra na circulação sanguínea. A glicose é uma fonte de combustível para o corpo
  • Um órgão chamado pâncreas produz a insulina. O papel da insulina é levar a glicose da corrente sanguínea até as células dos músculos, de gordura e do fígado, onde esse açúcar é usado como combustível
As pessoas com diabetes possuem muito açúcar no sangue. Isto se deve ao fato de que:
  • O pâncreas não produz insulina suficiente
  • As células dos músculos, de gordura e do fígado não respondem à insulina apropriadamente
Foto: ADAMDiabetes tipo 1
Existem três tipos principais de diabetes:
  • O diabetes tipo 1 costuma ser diagnosticado na infância. Muitos pacientes são diagnosticados acima dos 20 anos. Por causa dessa doença, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina. São necessárias injeções diárias de insulina. A causa exata é desconhecida. A genética, os vírus e os problemas autoimunológicos podem ter uma participação
  • O diabetes tipo 2 é de longe o tipo mais comum. Ele compreende a maioria dos casos de diabetes. Ele ocorre geralmente em adultos, mas cada vez mais os jovens vêm sendo diagnosticados com essa doença. O pâncreas não produz insulina suficiente para manter normais os níveis de glicose no sangue, geralmente porque o corpo não responde bem à insulina. Muitas pessoas não sabem que têm diabetes tipo 2, mesmo sendo uma doença grave. O diabetes tipo 2 está se tornando mais comum por causa do aumento de casos de obesidade e da ausência da prática de exercícios físicos
  • Diabetes gestacional é a alta quantidade de glicose sanguínea que ocorre a qualquer momento durante a gestação em mulheres não diabéticas. Mulheres com diabetes gestacional têm alto risco de desenvolverem diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares futuramente
O diabetes afeta mais de 20 milhões de norte-americanos. Mais de 40 milhões de norte-americanos têm pré-diabetes (diabetes tipo 2 precoce).
Existem muitos fatores de risco para o diabetes tipo 2, inclusive:
  • Idade acima dos 45 anos
  • Pai, mãe, irmãos com diabetes
  • Diabetes gestacional ou dar à luz a um bebê que pesa mais do que 4kg
  • Doença cardíaca
  • Nível de colesterol sanguíneo alto
  • Obesidade
  • Não praticar exercícios físicos suficiente
  • Síndrome do ovário policístico (em mulheres)
  • Tolerância diminuída à glicose
  • Alguns grupos étnicos (principalmente afro-americanos, norte-americanos nativos, asiáticos, os que nasceram nas ilhas do pacífico e hispano-americanos)
Sintomas
Os níveis elevados de glicose no sangue podem causar diversos problemas, inclusive:
  • Visão borrada
  • Sede excessiva
  • Fadiga
  • Micção frequente
  • Fome
  • Perda de peso
Entretanto, devido ao fato de o diabetes tipo 2 se desenvolver lentamente, algumas pessoas com alto nível de glicose no sangue não sentem nenhum dos sintomas.
Sintomas do diabetes tipo 1:
  • Fadiga
  • Aumento da sede
  • Aumento da micção
  • Náusea
  • Vômito
  • Perda de peso, apesar do aumento de apetite
Pacientes com o diabetes tipo 1 costumam desenvolver os sintomas em um curto período. Esta doença é muitas vezes diagnosticada em uma situação de emergência.
Sintomas do diabetes tipo 2:
  • Visão borrada
  • Fadiga
  • Aumento do apetite
  • Aumento da sede
  • Aumento da micção
Exames e testes
Um exame de urina pode ser feito para identificar glicose e cetonas resultantes da quebra de gordura. Entretanto, somente um exame de urina não diagnostica o diabetes.
Os seguintes exames de sangue são usados para diagnosticar o diabetes:
  • Nível de glicose no sangue em jejum – o diabetes é diagnosticado se o nível é maior que 126 mg/dL em duas ocasiões. Níveis entre 100 e 126 mg/dL são chamados de glicose em jejum alterada ou pré-diabetes. Esses níveis são vistos como fatores de risco para o diabetes de tipo 2 e suas complicações
  • Teste de hemoglobina A1c – este teste tem sido usado para ajudar os pacientes a monitorar a qualidade do controle dos níveis de glicose no sangue. Em 2010, a Associação Americana de Diabetes recomendou que esse teste fosse utilizado como mais uma opção para diagnosticar o diabetes e identificar o pré-diabetes. Os níveis indicam:
  • Normal: Menor que 5,7%
  • Pré-diabetes: Entre 5,7% e 6,4%
  • Diabetes: 6,5% ou mais
  • Teste oral de tolerância à glicose – o diabetes é diagnosticado quando o nível de glicose é maior que 200 mg/dL após 2 horas. (Este teste é mais usado para diabetes tipo 2.)
  • Nível aleatório de glicose sanguínea (sem jejum) – existe a suspeita de diabetes se o nível é maior que 200 mg/dL e se vir acompanhado pelos clássicos sintomas de aumento de sede, micção e fadiga. (Este teste deve ser confirmado com um exame de glicose sanguínea feito em jejum)
Pessoas com diabetes precisam verificar o nível de hemoglobina A1c (HbA1c) a cada 3 a 6 meses. A HbA1c é o resultado da média de glicose sanguínea nos 3 meses anteriores. É uma maneira muito eficaz de determinar o bom funcionamento do tratamento.
Verifique os níveis de colesterol e triglicerídeos anualmente (atenção para os níveis de LDL abaixo de 100 mg/dL).
Tratamento
Os objetivos imediatos são tratar a cetoacidose diabética e os altos níveis de glicose sanguínea. Como o diabetes tipo 1 começa subitamente e tem sintomas graves, as pessoas que acabaram de ser diagnosticadas podem precisar ir ao hospital.
Os objetivos do tratamento a longo prazo são:
  • Prolongar a vida
  • Reduzir os sintomas
  • Impedir as complicações relacionadas com as doenças, tais como cegueira, doença cardíaca, insuficiência hepática e amputação de membros
Foto: ADAMInsulin pump
Essas metas são obtidas por meio de:
  • Controle da pressão arterial e do colesterol
  • Autotestes cuidadosos dos níveis de glicemia
  • Medidas educativas
  • Prática de exercícios físicos
  • Cuidados com os pés
  • Planejamento das refeições e controle do peso
  • Uso de medicamentos ou de insulina
Não há cura para o diabetes. O tratamento consiste em remédios, dieta e prática de exercícios físicos para controlar a glicemia e impedir os sintomas.
APRENDA ESTAS TÉCNICASA técnica de gerenciamento básico do diabetes ajuda a afastar a necessidade de cuidados de emergência.
Essas técnicas incluem:
  • Como reconhecer e tratar os níveis baixo (hipoglicemia) e alto (hiperglicemia) de açúcar no sangue
  • O que comer e quando
  • Como ministrar insulina ou medicamento oral
  • Como testar e registrar a glicose sanguínea
  • Como testar a urina para buscar a presença de cetonas (somente para diabetes tipo 1)
  • Como ajustar a insulina ou a ingestão de alimentos ao mudar os hábitos alimentares e a prática de exercícios
  • Como lidar com os dias em que não se sentir bem
  • Onde comprar produtos para diabéticos e como armazená-los
Depois que você aprender os passos básicos de cuidados com o diabetes, saiba como a doença pode causar problemas de saúde a longo prazo e quais são as melhores maneiras de impedir esses problemas. Revise e atualize o seu conhecimento, pois novas pesquisas e melhores métodos de tratar o diabetes estão constantemente sendo desenvolvidos.
AUTOTESTESe você é diabético, seu médico pode pedir que realize a verificação dos níveis de glicemia regularmente em casa. Existem vários aparelhos disponíveis, e eles usam apenas uma gota de sangue. A automonitoração indica se a dieta, a medicação e os exercícios físicos estão trabalhando juntos para controlar o diabetes. Ela ainda pode ajudar o médico a prevenir complicações.Foto: ADAMPara monitorar a quantidade de glicose no sangue, diabéticos devem fazer exames de sangue regularmente. O procedimento pode ser feito em casa
A Associação Americana de Diabetes recomenda que se mantenham os níveis de açúcar no sangue em uma média baseada na sua idade. Converse sobre esses objetivos com seu médico.
Antes das refeições:
  • 70 – 130 mg/dL para adultos
  • 100 – 180 mg/dL para crianças menores de 6 anos
  • 90 – 180 mg/dL para crianças entre 6 e 12 anos
  • 90 – 130 mg/dL para pessoas entre 13 e 19 anos
Antes de dormir:
  • 70 – 150 mg/dL para adultos
  • 100 – 180 mg/dL para crianças menores de 6 anos
  • 90 – 180 mg/dL para crianças entre 6 e 12 anos
  • 90 – 130 mg/dL para pessoas entre 13 e 19 anos
O QUE COMERAprenda com seu médico sobre a quantidade de gordura, proteína e carboidratos necessária à sua dieta. Um nutricionista pode ajudar no planejamento das suas necessidades dietéticas. Diabéticos tipo 1 devem comer nos mesmos horários todos os dias e tentar ser consistentes com os tipos de alimentos selecionados. Isso ajuda a impedir que o nível glicêmico fique extremamente alto ou baixo.
Diabéticos tipo 2 devem seguir uma dieta bem balanceada com pouca gordura.
COMO ADMINISTRAR A MEDICAÇÃOA medicação para tratar o diabetes consiste em insulina e comprimidos que reduzem o nível de glicose no sangue, chamados de drogas hipoglicêmicas.
Diabéticos tipo 1 não conseguem produzir sua própria insulina. Por isso, eles precisam de injeções de insulina. A insulina não é apresentada em comprimidos. Geralmente, são necessárias de uma a quatro injeções por dia. Algumas pessoas usam uma bomba de insulina. Ela é usada o tempo todo e secreta um fluxo constante de insulina durante o dia. Outras pessoas podem usar insulina inalável. Consulte também: Diabetes tipo 1
Diferentemente do tipo 1, o diabetes tipo 2 responde a um tratamento com exercícios físicos, dieta e medicamentos orais. Existem diversos tipos de remédios usados para reduzir a glicose sanguínea no diabetes tipo 2.
Durante a gravidez e a amamentação, os medicamentos podem ser trocados pela insulina.
A diabetes gestacional pode ser tratada com exercícios físicos e mudanças na dieta.
EXERCÍCIOS FÍSICOSA prática regular de exercícios físicos é muito importante para os diabéticos. Ela ajuda no controle da glicemia, do peso e da hipertensão. Diabéticos que praticam exercícios têm menor probabilidade de sofrerem um ataque cardíaco ou AVC, em comparação àqueles que não praticam exercícios regularmente.
Faça o teste: Qual a atividade fisica ideal para você?Aqui vão algumas considerações sobre a prática de exercícios físicos:
  • Sempre converse com seu médico antes de iniciar um novo programa de exercícios
  • Informe-se com seu médico sobre os calçados adequados para usar
  • Escolha uma atividade física agradável que seja apropriada para o seu nível atual de condicionamento físico
  • Pratique exercícios diariamente e, se possível, no mesmo horário
  • Monitore o nível de glicose antes e depois dos exercícios
  • Carregue alimentos que contenham um carboidrato de rápida ação, caso você fique hipoglicêmico durante ou após os exercícios
  • Leve consigo um cartão de identificação de diabético e um aparelho celular, para casos de emergência
  • Beba líquidos extras que não contenham açúcar antes, durante e após os exercícios
Se alterar a intensidade ou duração dos exercícios, você muito provavelmente terá de mudar sua dieta ou a dose do seu medicamento para que os níveis de glicose no sangue não baixem ou aumentem muito.Foto: ADAMPessoas com diabetes têm risco de lesão de vaso sanguíneo, que pode ser grave o suficiente para provocar danos aos tecidos nas pernas e pés
CUIDADOS COM OS PÉSDiabéticos têm maiores probabilidades de sofrerem problemas nos pés. O diabetes pode lesar os vasos sanguíneos e os nervos e diminuir a capacidade do corpo de combater uma infecção.
Você pode não notar uma lesão no pé até que uma infecção apareça. Pode acontecer a morte da pele ou de outro tecido.
Se não for tratado, poderá ser necessário amputar o pé afetado. O diabetes é a doença que mais comumente leva a amputações.
Para prevenir lesões, verifique e cuide de seus pés todos os dias.
Evolução (prognóstico)
Com um bom controle da glicose e da pressão arterial, muitas das complicações do diabetes podem ser evitadas. Estudos mostram que o controle rígido dos níveis de glicemia, de colesterol e de pressão arterial nos diabéticos ajuda a minimizar o risco de doença hepática, ocular, do sistema nervoso, ataque cardíaco e AVC.
Complicações
As complicações de emergência incluem:
  • Coma hiperglicêmico hiperosmolar
  • Cetoacidose diabética
As complicações de longo prazo incluem:
  • Aterosclerose
  • Doença das artérias coronárias
  • Nefropatia diabética
  • Neuropatia diabética
  • Retinopatia diabética
  • Problemas de ereção
  • Hiperlipidemia
  • Hipertensão
  • Infeções da pele e do trato urinário
  • Doença arterial periférica
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Ligando para o médico
Vá para o pronto-socorro ou ligue para o número de emergência local (como 192) se você tiver sintomas de cetoacidose:
  • Dor abdominal
  • Respiração profunda e acelerada
  • Aumento na sede e na micção
  • Perda da consciência
  • Náusea
  • Hálito adocicado
Vá para o pronto-socorro ou ligue para o número de emergência local (como 192) se você tiver sintomas de níveis de glicose sanguínea extremamente baixos (coma hipoglicêmico ou reação grave à insulina):
  • Confusão
  • Convulsões ou inconsciência
  • Tontura
  • Visão dupla
  • Sonolência
  • Dor de cabeça
  • Falta de coordenação
  • Fraqueza
Saiba como agir em caso de emergênciaPrevenção
Manter o peso ideal e um estilo de vida ativo pode evitar o diabetes tipo 2. Atualmente, não existe nenhuma maneira de prevenir o diabetes tipo 1.
Não existem exames de triagem eficazes para o diabetes do tipo 1 em pessoas que não apresentam os sintomas.
A realização de exames de triagem para o diabetes tipo 2 em pessoas que não apresentam os sintomas é recomendado para:
  • Crianças acima do peso que apresentam outros fatores de risco para o diabetes (começando aos 10 anos de idade e repetindo a cada 2 anos)
  • Adultos acima do peso (com índice de massa corporal acima de 25) que apresentam outros fatores de risco
  • Adultos acima dos 45 anos (repetindo a cada 3 anos)
Para evitar as complicações do diabetes, consulte seu médico pelo menos 4 vezes ao ano. Fale sobre quaisquer problemas que você tiver.
Faça os seguintes exames regularmente:
  • Verifique sua pressão arterial anualmente (a pressão arterial ideal deve estar entre 130/80 mm/Hg ou mais baixa)
  • Verifique sua hemoglobina glicosilada (HbA1c) a cada 6 meses se a doença estiver sob controle; caso contrário, a cada 3 meses
  • Verifique os níveis de colesterol e de triglicerídeos anualmente (observe níveis de LDL abaixo de 100 mg/dL ou menores que 70 mg/dL em pacientes de alto risco)
  • Realize exames anuais para verificar o funcionamento dos rins (microalbuminúria e creatinina sérica)
  • Visite o oftalmologista (preferencialmente um especializado em retinopatia diabética) pelo menos uma vez ao ano ou com maior frequência se você tiver sinais de retinopatia diabética
  • Visite seu dentista a cada 6 meses para limpeza e exames detalhados nos dentes. Informe a seu dentista que você é diabético
  • Peça que seu médico examine seus pés a cada consulta

Coração

Introdução 
O sangue flui de modo contínuo e em uma única direção dentro das cavidades cardíacas, não produzindo nenhum barulho. O sopro cardíaco é um som que pode ser escutado quando há interferência neste fluxo, havendo turbulência do sangue dentro do coração. O sopro geralmente surge por problemas nas válvulas cardíacas, mas em crianças e em pessoas jovens saudáveis ele pode ser um achado inocente, sem nenhum significado clínico.
O sopro costuma ser identificado durante o exame físico médico, através da ausculta cardíaca com o estetoscópio.
Antes de falarmos do sopro cardíaco propriamente dito, precisamos dar uma passada rápida na anatomia e na fisiologia básica do coração. Para compreender termos como sopro sistólico, sopro de regurgitação ou sopro por insuficiência mitral, é preciso primeiro entender o que são as válvulas cardíacas e como o sangue normalmente flui entre as estruturas do coração. Leia com atenção as próximas linhas pois o seu entendimento é essencial para a compreensão do resto do texto. Utilizarei algumas figuras para ajudar.
Como funciona o coração? 
O coração é dividido em 4 câmaras:- Átrio (ou aurícula) esquerdo- Átrio (ou aurícula) direito- Ventrículo esquerdo- Ventrículo direito
O sangue chega ao coração por 2 maneiras:
1- O sangue que chega à parte esquerda do coração vem dos pulmões, entra pelo átrio esquerdo, passa ao ventrículo esquerdo e depois é bombeado de volta ao corpo. Este sangue é representado pela cor vermelha na figura abaixo.
2- O sangue depois de passar por todo o corpo, retorna ao coração. Agora ele chega pelo átrio direito, passa para o ventrículo direito e é finalmente bombeado em direção aos pulmões, onde depois de oxigenado retorna ao coração pelo átrio esquerdo com explicado no item 1. Este sangue é representado pela cor azul na figura abaixo.
circulação coraçãoClique na imagem para ampliá-la
O sangue não circula livremente dentro do coração. Existem 4 válvulas que servem de porta, abrindo-se e fechando-se de modo a impedir que o sangue retorne de uma cavidade para outra. Uma vez dentro dos ventrículos, o sangue já não retorna mais de volta para os átrios, e quando dentro das artérias, o sangue também já não mais retorna aos ventrículos. Graças as válvulas, o sangue flui somente em uma única direção: veia »» átrio »» ventrículo »» artéria.
Válvulas do coração direito:- Válvula tricúspide - localiza-se entre o átrio direito e o ventrículo direito.- Válvula pulmonar - localiza-se entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar
Válvulas do coração esquerdo:- Válvula mitral - localiza-se entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo- Válvula aórtica - localiza-se entre o ventrículo direito e a artéria aorta.
válvulas cardíacasVálvulas do coração - Clique na imagem para ampliá-la
Como é um sopro cardíaco?
Como todos já sabemos, quando auscultamos o coração com um estetoscópio é possível ouvi-lo batendo: "tum-tum...tum-tum...tum-tum...tum-tum"
Mas por que o coração faz dois sons de cada vez ("tum-tum...tum-tum...tum-tum") em vez de apenas um ("tum...tum...tum")?
Na verdade, ao contrário do que se pensa, esses sons não são pelo batimento do coração, mas sim pelo fechamento das suas válvulas. O primeiro "tum" é produzido pelo fechamento das válvulas mitral e tricúspide que impedem o retorno do sangue aos átrios enquanto os ventrículos se contraem. O segundo "tum" ocorre pelo fechamento das válvulas aórtica e pulmonar, impedindo que o sangue que já foi lançado em direção as artérias retorne aos ventrículos. Enquanto a mitral e a tricúspide estão fechadas, a aórtica e pulmonar estão abertas e vice-versa.
Esse "tum", causado pelas válvulas, recebe o nome de bulha ou som cardíaco. Descrevemos o batimento cardíaco normal como bulhas em 2 tempos ou sons cardíacos em 2 tempos. 
O sopro ocorre toda vez que há algum defeito nas válvulas, fazendo com que o sangue não flua de modo correto dentro do coração.
Existem 2 defeitos básicos:
Estenose valvar = Quando a válvula se torna endurecida e não consegue mais se abrir completamente, o sangue acaba tendo dificuldade de passar de uma câmara para outra. Esse turbilhonamento produz o sopro. Se a válvula estenosada é a aórtica, chamamos de sopro por estenose aórtica. Se o defeito for na válvula tricúspide, sopro por estenose tricúspide, e assim por diante.
Regurgitação ou insuficiência valvar: Quando a válvula não se fecha completamente, ela acaba permitindo refluxo do sangue na direção contrária. Esse tipo de fluxo retrógrado também produz turbilhonamento e, consequentemente, um sopro. Por isso, temos o sopro de insuficiência mitral, insuficiência aórtica etc...
Enquanto a válvula normal produz um som do tipo "tum-tum", as válvulas doentes e com sopro fazem algo tipo "tuuuush-tum" ou "tum-tuuuush".
Ouça novamente o sons normais e compare abaixo com os sons de um sopro por estenose pulmonar.
O que é sopro sistólico e sopro diastólico?
Sístole é o momento em que os ventrículos estão se contraindo, expulsando o sangue em direção as artérias. Diástole é o momento em que os ventrículos estão relaxados, se enchendo com o sangue vindo dos átrios.
Na sístole, as válvulas aórtica e pulmonar estão abertas e as mitral e tricúspide fechadas. Na diástole ocorre o oposto. Portanto, o primeiro "tum", fechamento das válvulas mitral e tricúspide, ocorre na sístole. O segundo "tum", pelo fechamento das válvulas aórtica e pulmonar, ocorre na diástole. Quando o sopro ocorre logo após o primeiro "tum", ou seja "tuuush-tum", denominamo-os sopro sistólico. Se o sopro ocorre após o segundo tum, ou seja, "tum-tuuush" estamos diante de um sopro diastólico.
- Os sopros sistólicos são causados por estenoses das válvulas aórtica ou pulmonar, ou por insuficiência das válvulas mitral ou tricúspide. 
- Os sopros diastólicos ocorrem por estenoses das válvulas mitral ou tricúspide, ou por insuficiência das válvulas aórtica ou pulmonar.
Os sopros são graduados em I a VI.
- Sopro grau I - sopro muito discreto, inaudível para quem não tem ouvidos treinados- Sopro grau II - sopro médio, facilmente audível pelo estetoscópio- Sopro grau III - sopro alto- Sopro grau IV - sopro muito alto que pode ser sentido com mão ao se tocar no peito do paciente- Sopro grau V - sopro muito alto que pode ser escutado mesmo sem encostar o estetoscópio no peito do paciente - Sopro grau VI - sopro tão alto que poder ser escutado mesmo sem estetoscópio.
Quanto maior o grau do sopro, mais grave é a doença da válvula acometida.
Como saber se um sopro é benigno ou um sinal de doença do coração?
Até 50% das crianças sem problemas cardíacos podem apresentar sopro no coração. Em geral, o sopro desaparece espontaneamente com o crescimento. Ele ocorre em geral devido as desproporções entre os tamanho das estruturas do coração e seus vasos. No adulto, o sopro também pode ser benigno, mas não é tão comum como nas crianças.
O sopro benigno é sempre sistólico e de baixa intensidade (grau I ou II). Sopros diastólicos ou de grau maior que III são sempre patológicos. O sopro benigno costuma ficar mais intenso quando o paciente se deita e desaparece, ou quase, quando o paciente se senta ou fica em pé.
Nas crianças, as doenças cardíacas que causam sopros são geralmente congênitas, ou seja, defeitos de nascimento, o que faz com que o sopro patológico costume vir acompanhado de sintomas como problemas no desenvolvimento, astenia, falta de apetite, cianose (lábios arroxeados) etc...
No adulto, as doenças das válvulas se desenvolvem ao longo do tempo. Se paciente tiver sintomas de insuficiência cardíaca, como falta de ar, edemas, cansaço fácil, dor no peito etc... é fácil saber que o sopro cardíaco é indicativo de doença das válvulas do coração. O problema é que no adulto, o sopro pode ser o primeiro sinal de doença cardíaca, precedendo em anos o surgimento dos sintomas de falência do coração.
Algumas condições podem causar o aparecimento de um sopro cardíaco temporário, sem relação com doença das válvulas. Este sopro desaparece assim que sua causa é eliminada. São elas:
- Febre 
- Anemia
- Hipertireoidismo
- Exercício físico- Gravidez
Doenças que causam sopro cardíaco 
O sopro patológico é aquele que ocorre secundariamente a uma doença do coração. Como já dito, nas crianças ele ocorre por doenças congênitas, enquanto que nos adultos ele surge após doenças cardíacas adquiridas durante a vida.
Nas crianças, além das lesões nas válvulas, o sopro cardíaco patológico também pode ocorrer por um defeito no septo que separa os ventrículos. Normalmente os ventrículos esquerdo e direito nunca se comunicam, mas defeitos durante a formação da parede entre ambos podem causar pequenos buracos que permitem a passagem de sangue ente um e outro. Esta anormal fluxo de sangue também produz sopro.
Nos adultos os sopros ocorrem por defeitos nas válvulas, sejam estenoses ou insuficiências. As principais causas de sopro cardíaco adquirido são:
- Prolapso da válvula mitral
- Febre reumática
- Endocardite infecciosa
- Calcificação da válvula pela idade. Ocorrem mais comumente nas válvulas mitral e aórtica.
As lesões das válvulas cardíacas costumam levar a insuficiência cardíaca, porém, o inverso também pode ocorrer. Um coração insuficiente costuma estar dilatado fazendo com que os folhetos das válvulas se afastem, provocando regurgitação do fluxo sanguíneo. Por isso, todo doente com insuficiência cardíaca moderada a grave, por outras causas que não lesão das válvulas, também pode apresentar sopro no coração. A diferença é que neste caso, o sopro surge depois dos sintomas de insuficiência cardíaca já estarem presentes.
Diagnóstico do sopro cardíaco
Um bom médico consegue apenas através do exame físico estabelecer a causa do sopro cardíaco. Porém, nem todos os médicos são cardiologistas e nem sempre o sopro é de tão fácil avaliação.
O exame definitivo para avaliação dos sopros e, consequentemente, das válvulas do coração é o ecocardiograma com doppler. Este exame permite não só identificar o tipo de lesão nas válvulas, como medir o grau de estenose ou insuficiência e avaliar os danos ao coração em decorrência destas lesões.
Tratamento do sopro cardíaco
É bom lembrar que o sopro não é uma doença, mas sim um sinal de doença. O que preocupa não é o sopro em si, mas a doença que o está causando. Sopros causados por anemia ou febre, desaparecem após o tratamento destes.
No caso de lesão das válvulas, o tratamento é mais complexo. Se a lesão da válvula não acarreta maior esforço ao coração e não há sinais de insuficiência cardíaca, o tratamento é feito clinicamente. Nas situações mais graves, com importante lesão valvar, pode ser indicada a cirurgia para troca da válvula nativa defeituosa por uma válvula artificial.
Sopros benignos não precisam de nenhum tratamento.

Depressão


Generalidades
Depressão é uma palavra freqüentemente usada para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas. O amigo que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.
Uma boa comparação que podemos fazer para esclarecer as diferenças conceituais entre a depressão psiquiátrica e a depressão normal seria comparar com a diferença que há entre clima e tempo. O clima de uma região ordena como ela prossegue ao longo do ano por anos a fio. O tempo é a pequena variação que ocorre para o clima da região em questão. O clima tropical exclui incidência de neve. O clima polar exclui dias propícios a banho de sol. Nos climas tropical e polar haverá dias mais quentes, mais frios, mais calmos ou com tempestades, mas tudo dentro de uma determinada faixa de variação. O clima é o estado de humor e o tempo as variações que existem dentro dessa faixa. O paciente deprimido terá dias melhores ou piores assim como o não deprimido. Ambos terão suas tormentas e dias ensolarados, mas as tormentas de um, não se comparam às tormentas do outro, nem os dias de sol de um, se comparam com os dias de sol do outro. Existem semelhanças, mas a manifestação final é muito diferente. Uma pessoa no clima tropical ao ver uma foto de um dia de sol no pólo sul tem a impressão de que estava quente e que até se poderia tirar a roupa para se bronzear. Este tipo de engano é o mesmo que uma pessoa comete ao comparar as suas fases de baixo astral com a depressão psiquiátrica de um amigo. Ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.

Como é? 
Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais:
  • Perda de energia ou interesse
  • Humor deprimido
  • Dificuldade de concentração
  • Alterações do apetite e do sono
  • Lentificação das atividades físicas e mentais
  • Sentimento de pesar ou fracasso
Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos. Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro.
Outros sintomas que podem vir associados aos sintomas centrais são: 
  • Pessimismo
  • Dificuldade de tomar decisões
  • Dificuldade para começar a fazer suas tarefas
  • Irritabilidade ou impaciência
  • Inquietação
  • Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer
  • Chorar à-toa
  • Dificuldade para chorar
  • Sensação de que nunca vai melhorar, desesperança...
  • Dificuldade de terminar as coisas que começou
  • Sentimento de pena de si mesmo
  • Persistência de pensamentos negativos
  • Queixas freqüentes
  • Sentimentos de culpa injustificáveis
  • Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual

Diferentes tipo de depressão
Basicamente existem as depressões monopolares (este não é um termo usado oficialmente) e a depressão bipolar (este termo é oficial). O transtorno afetivo bipolar se caracteriza pela alternância de fases deprimidas com maníacas, de exaltação, alegria ou irritação do humor. A depressão monopolar só tem fases depressivas. 

Depressão e doenças cardíacas
Os sintomas depressivos apesar de muito comuns são pouco detectados nos pacientes de atendimento em outras especialidades, o que permite o desenvolvimento e prolongamento desse problema comprometendo a qualidade de vida do indivíduo e sua recuperação. Anteriormente estudos associaram o fumo, a vida sedentária, obesidade, ao maior risco de doença cardíaca. Agora, pelas mesmas técnicas, associa-se sintoma depressivo com maior risco de desenvolver doenças cardíacas. A doença cardíaca mais envolvida com os sintomas depressivos é o infarto do miocárdio. Também não se pode concluir apressadamente que depressão provoca infarto, não é assim. Nem todo obeso, fumante ou sedentário enfarta. Essas pessoas enfartam mais que as pessoas fora desse grupo, mas a incidência não é de 100%. Da mesma forma, a depressão aumenta o risco de infarto, mas numa parte dos pacientes. Está sendo investigado.

Depressão no paciente com câncer
A depressão costuma atingir 15 a 25% dos pacientes com câncer. As pessoas e os familiares que encaram um diagnóstico de câncer experimentarão uma variedade de emoções, estresses e aborrecimentos. O medo da morte, a interrupção dos planos de vida, perda da auto-estima e mudanças da imagem corporal, mudanças no estilo social e financeiro são questões fortes o bastante para justificarem desânimo e tristeza. O limite a partir de qual se deve usar antidepressivos não é claro, dependerá da experiência de cada psiquiatra. A princípio sempre que o paciente apresente um conjunto de sintomas depressivos semelhante ao conjunto de sintomas que os pacientes deprimidos sem câncer apresentam, deverá ser o ponto a partir do qual se deve entrar com medicações.
Existem alguns mitos sobre o câncer e as pessoas que padecem dele, tais como"os portadores de câncer são deprimidos". A depressão em quem tem câncer é normal, o tratamento da depressão no paciente com câncer é ineficaz. A tristeza e o pesar são sentimentos normais para uma pessoa que teve conhecimento da doença. Questões como a resposta ao tratamento, o tempo de sobrevida e o índice de cura entre pacientes com câncer com ou sem depressão estão sendo mais enfocadas do que a investigação das melhores técnicas para tratamento da depressão.
Normalmente a pessoa que fica sabendo que está com câncer torna-se durante um curto espaço de tempo descrente, desesperada ou nega a doença. Esta é uma resposta normal no espectro de emoções dessa fase, o que não significa que sejam emoções insuperáveis. No decorrer do tempo o humor depressivo toma o lugar das emoções iniciais. Agora o paciente pode ter dificuldade para dormir e perda de apetite. Nessa fase o paciente fica ansioso, não consegue parar de pensar no seu novo problema e teme pelo futuro. As estatísticas mostram que aproximadamente metade das pessoas conseguirá se adaptar a essa situação tão adversa. Com isso estas pessoas aceitam o tratamento e o novo estilo de vida imposto não fica tão pesado.

A identificação da depressão
Para afirmarmos que o paciente está deprimido temos que afirmar que ele sente-se triste a maior parte do dia quase todos os dias, não tem tanto prazer ou interesse pelas atividades que apreciava, não consegue ficar parado e pelo contrário movimenta-se mais lentamente que o habitual. Passa a ter sentimentos inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na família. Com isso, apesar de ser uma doença potencialmente fatal, surgem pensamentos de suicídio. Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para que possamos dizer que o paciente está deprimido.

Causa da Depressão
A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos. O fato de ser um desequilíbrio bioquímico não exclui tratamentos não farmacológicos. O uso continuado da palavra pode levar a pessoa a obter uma compensação bioquímica. Apesar disso nunca ter sido provado, o contrário também nunca foi.
Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas as pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis. Exemplos de eventos estressantes são perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão. O que torna as pessoas vulneráveis ainda é objeto de estudos. A influência genética como em toda medicina é muito estudada. Trabalhos recentes mostram que mais do que a influência genética, o ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas. O fator genético é fundamental uma vez que os gêmeos idênticos ficam mais deprimidos do que os gêmeos não idênticos.